Um grande Integração artística, Moda, design e arquitetura atuantes na comunicação visual

Placas indicadoras de locais, ambientes, direções. Iluminadas e sob tonalidades específicas, orientam o passageiro, o paciente ou cidadão. Acessibilidade é o verbo que define a função da sinalização arquitetônica. Projeto de comunicação visual, informa pessoas no entorno e dentro dos empreendimentos, residenciais ou comerciais.

 A sinalização arquitetônica é utilizada para direcionar o cidadão ao lugar de destino, agilizando seu deslocamento. “As placas servem para que o visitante de um determinado edifício possa se dirigir ao local desejado de forma mais rápida e eficaz, sem o auxílio de terceiros, tanto em ambientes internos quanto externos”, explica a designer Lia Britto, atuante na área de sinalização de ambientes.

 Esta atuação, inclusive, teve início ainda no período de graduação. Foi na busca por um estágio no seu curso que Lia entrou em contato com a comunicação visual. Então aluna do 5º semestre de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (CE), tornou-se estagiária do escritório MLMS Imagem + Arquitetura, em 2012.

Desenvolvendo trabalhos de sinalização de ambientes, junto aos arquitetos Márcia Sampaio e Marcus Lima, Lia pôde desenvolver projetos de pequeno a grande porte, além de aprimorar seus conhecimentos na área. Com apenas três meses de estágio, assumiu o desenvolvimento do projeto de sinalização de um grande evento do estado do Ceará: a Casa Cor, edição 2012.

O projeto teve grande repercussão na mídia e também no escritório onde Lia estagiava. A estudante foi promovida a Coordenadora de Produção. “Trabalhei no escritório por mais um ano com projetos de grande porte, para construtoras, hospitais, escolas, shoppings centers e outros”, conta.

Personalização

Um projeto de sinalização arquitetônica, ou de ambientes, requer um conjunto de elementos visuais e personalizados. Cada um depende das necessidades ou atribuições particulares do empreendimento. Composto por um conjunto de placas, estas são nomeadas e posicionadas conforme o estudo realizado, indicando as direções, localizações e atividades exercidas nos ambientes. Assim como transmitindo informações de segurança, advertência e comportamento.

A marca e as características visuais daquela empresa ou empreendimento vão definir a estrutura e o formato de cada placa. “Elas são personalizadas com cores, fontes e formas retiradas da logo e adaptadas para cada placa. Inserindo esses elementos, o observador associa imediatamente o edifício com a marca do empreendimento e suas funções organizacionais. Leva-se também em consideração as características físicas do próprio edifício construído, bem como seus materiais, formas e cores e até mesmo a sua localização geográfica”, complementa Lia Britto.

Um hospital, um supermercado, uma loja vestuário. Em cada tipo de ambiente comercial, ali está um meio de sinalização, direcionamento para o visitante, com painéis informativos, placas de pavimentos. O projeto, no entanto, diferencia-se quando se trata de um espaço residencial. Neste caso, são elaboradas placas que auxiliam os moradores e transeuntes a se orientarem quanto à localização das áreas comuns, numeração de apartamentos e vagas de estacionamento, bem como as saídas de emergência.

A diferença principal, contudo, está na quantidade de pessoas que transitam em cada tipo de ambiente. Para um local residencial, o número é restrito e fixo, considerando que ali se encontram moradores que circulam constantemente pelas dependências do edifício. “A repetição visual faz com que as placas e as direções sejam memorizadas e internalizadas com a rotina dos fluxos. Neste caso, existem alguns trajetos padrão que já estão inseridos no senso comum, como o percurso da portaria até o elevador do prédio”, associa a designer.

Paralelamente, um ambiente corporativo, comercial, recebe diariamente um fluxo inconstante de pessoas. Tal movimentação solicita placas para orientar esta quantidade maior de visitantes. Sejam novos ou rotineiros, a memorização dos locais, das placas, não ocorre de maneira fácil ou padrão. O percurso não está na rotina de todos.

Confluência

Intrínseca à comunicação visual de um ambiente, a sinalização arquitetônica contribui para a rotina das pessoas, otimizando seu tempo e seu deslocamento, além de evitar constrangimentos, uso inadequado dos espaços e, inclusive, situações de risco.

Para Lia Britto, ter acesso à direção do destino desejado é deter esse conhecimento, ter liberdade de circulação. Por isso, é necessário “inserir um raciocínio lógico ao projeto, para que os indivíduos compreendam os significados atribuídos a ele e interpretem de forma correta a simbologia inserida nas placas”.
"Docinho" Marca criada pela Design 

Lia cursou Design de Moda na Faculdade Católica do Ceará (FCC). E foi na pretensão de unir as normas técnicas da arquitetura com a liberdade de criação da moda, que descobriu o design gráfico. Pós-graduada nessa especialidade pela Universidade de Fortaleza, a designer de moda, designer de interiores  e agora designer gráfica abriu em 2013 sua própria empresa de comunicação visual: Escritório Lia Britto, Sinalização Corporativa.

Moda, arquitetura e design. Uma confluência de áreas que, segundo Lia, está repleta de possibilidades enriquecedoras. Conhecimentos que se complementam, que formam um projeto atento às necessidades do cliente e do mercado.
“Nos meus projetos de sinalização são adotadas normas técnicas de acessibilidade, presentes na arquitetura, juntamente com o design gráfico aplicado aos layouts das placas, com base nas pesquisas de tendências de cores, formas e materiais estudados no design de moda”.
O Escritório Lia Britto oferece serviços especializados de design gráfico, com um processo criativo que envolve uma imersão direta no universo do cliente, propiciando o desenvolvimento de um trabalho que atenda o perfil desejado. São projetos de sinalização arquitetônica, que oferecem, sobretudo, acessibilidade.

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Objetos que o artista utiliza na construção de suas obras
 Confira o making of da exposição "O encantado", de Attilio Colnago,no Palácio Anchieta, em Vitória, Espirito Santo Brasil a partir de cenas de seu ateliê.
 
Foto Dayse Resende
O universo poético do artista Attilio Colnago é muito rico, cheio de interpretações pessoais, vivências, recorrências e novas representações de obras de vários períodos da história da arte. Com muita frequência e maestria, Attilio utiliza, apropria e reproduz de seu acervo pessoal esculturas, jarras e sementes que povoam a residência ateliê, como as fotos dos objetos que encontramos ao lado, referencias sempre presentes em seus trabalhos.
O universo poético do artista Attilio Colnago _ Com muita frequência  e maestria utiliza, apropria, reproduz de seu acervo pessoal de esculturas, objetos, jarras e sementes que povoam a residênciaAteliê deste artista como as fotos  dos objetos que encontramos ao lado, referencias sempre presente em seus trabalhos.Foto Dayse Resende

Professor dedicado, atento e envolvido com o crescimento profissional de seus alunos, o artista é admirado por quem fez parte de seu círculo ao longo dos mais de 25 anos no campo das artes. Foi aluna de Attilio Colnago no curso de artes plásticas da UFES (oficinas, laboratório de tintas e outros) e participei de algumas mostras coletivas organizados pelo querido professor Attilio. Portanto, seria impossível deixar de mencionar o grande papel deste artista como educador na cena capixaba.


Attilio Colnago em seu ateliê finalizando dois
trabalhos para exposição. Foto Dayse Resende
É com grande prazer que apresento algumas imagens do making of de sua nova exposição, imagens de sua residência ateliê, um documento de processo criativo vivo.E que o público poderá conferir pessoalmente em O Encantado: pinturas e desenhos de Attilio Colnago reúne obras antigas e novas séries de trabalhos do artista, produzidas nos últimos 30 anos no Espírito Santo.
 Um artista apaixonado pelo que faz.Que trabalha pelo menos oito horas por dia, divididos entre a aulas na Universidade Federal e seu ateliê. “Sou um artista de ofício. Gosto da pintura desde sua preparação. Acredito que ela começa a se construir no momento em que preparo as telas brancas, quando revolvo os escuros de dentro de mim, tentando recolher o que ali sempre esteve – conversar com meus fantasmas, enxergar a poesia nas coisas simples e me preparar para as jornadas no atelier. Cumpro o que creio ser a tarefa de hoje – contextualizar o novo tendo como ponto de partida a história, a tradição que pode ser questionada e estudada pelo presente e, sem cerimônias, no meio do caos, abrir espaço para a contemplação”.
Foto Dayse Resende
Foto Dayse Resende
 Aberta para visitação a partir desta terça-feira, dia 2 de setembro, a mostra propõe um olhar renovado para a pintura de Attilio, evidenciando sua linguagem que possui uma longa história no campo da arte.

Trabalhando na finalização de um objeto pra
Exposição "O encantado". Foto Dayse Resende

A exposição O encantado apresenta ao público 80 obras do artista, entre desenhos, pinturas, gravuras e objetos, além de ilustrações de livros e de figurinos de teatro. Em cartaz até o dia 2 de novembro no Palácio Anchieta, teve teve grande repercussão com sua itinerância pelo interior do estado.


A mostra irá percorrer também outros municípios brasileiros.

O Encantado: pinturas e desenhos de Attilio Colnago
2 de setembro a 2 de novembro

Visitação:
Terça a sexta, das 8h às 17h
Sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h
Local: Espaço Cultural Palácio Anchieta
Paça João Clímaco, s/nº, Cidade Alta, Centro, Vitória)
Foto Dayse Resende
Trabalhos sendo finalizados para mostra.

Entrada gratuita
Agendamento de visitas, palestras e oficinas: (27) 3636-1032 / 3636-1048
agendamento@palacioanchieta.es.gov.br/ agendamento.palacio@gmail.com

Mais informações e fotos sobre a exposição em breve em nosso site, acompanhe.

















Um convite pra entrar no maravilhoso mundo da arte Naif de Angela Gomes.

A mostra de arte Naif que acontece no Palácio Anchieta, reúne 20 obras da artista Angela Gomes, em tamanhos variados que retratam paisagens regionais e cenas que expressam a arte e a tradição popular brasileira; A exposição ficará em cartaz até o dia 10 de setembro, na Galeria do Acervo do Palácio Anchieta.

A exposição que acontece desde maio é recorde de público, visitada por crianças, jovens e adultos de todo Brasil e exterior, segundo a organização do Palácio Anchieta. O sucesso desta exposição está muito ligado a relação afetiva que seus trabalhos causa nos visitantes, a artista parte de suas experiências próprias e as expõe de uma forma simples e espontânea em seus trabalhos.

Suas telas de grande ou mesmo de pequenos formatos são livres, autenticas,  alegres com cores vivas, possuem um caráter descritivo minucioso, originárias da subjetividade e da imaginação criadora desta profissional avessa à tradição e ao sistema artístico.Seu universo poético nos convida a conhecer mais, e a apreciar a arte Naif, o Espírito Santo e a cultura brasileira. Em sua obra, os elementos principais são paisagens regionais, elementos iconográficos, cenas que expressam a arte e a tradição popular – o povo, seus usos e costumes são nítidos ao longo de seu portfólio.

Para curadora da mostra Marcia Salvatice Tourinho, as obras de Angela Gomes expressam o amor da artista pelo Espírito Santo e pela arte, o  olhar atento da artista que observa, vive e sente o mundo.
UMA  ARTE  LIVRE DE CONVENÇÕES

Desenhar e pintar é um  desejo espontâneo  que existe desde os primórdios da civilização humana, sendo o seu mais reconhecido exemplo as “pinturas rupestres”.

Traduzido como ingênuo e inocente, por isso a compreensão simplista, o termo  Naïf, na Arte, foi pela primeira vez utilizado no virar do século XIX, para identificar a obra do francês Henri Rousseau, o mestre das cores, pintor autodidata admirado pela vanguarda artística da época, que incluía gênios como Picasso, Matisse, Paul Gauguin, entre outros.

Com esta gênese, a Arte Naïf começou a afirmar-se como uma corrente que aborda os contextos artísticos de modo natural, simples e com plena liberdade estética e de expressão. É uma  estética que não pode ser enquadrada em tendências modernistas, sobretudo na arte popular, pois foge a regra. Ao analisar a construção deste tipo de arte, é possível verificar que o artista utiliza experiências pessoais, oriundas de sua convivência com o meio e com a cultura  em geral.

ANGELA GOMES, nascida em Cachoeiro do Itapemirim,  pinta desde os sete anos e, usando uma técnica apurada, muita audácia no uso das cores e uma fé operária e otimista,  firma-se como uma referência da Arte Naif no Estado, com talento reconhecido nacional e internacionalmente.

Esta exposição  reúne, além de acervo pessoal da autora e obras  expostas em instituições públicas e privadas na Grande Vitória, algumas peças inéditas, pintadas nos últimos dois anos.

Obras que expressam o amor da artista pelo Espírito Santo e pela arte, o  olhar  naif com que observa, vive e sente o mundo.

Márcia Selvátice Tourinho
Curador