A relação do ser humano com o entorno é assunto que atravessa a história da arte em suas diversas especificidades: da pintura à música, do vídeo à dança, do desenho à performance. Nas artes visuais, a percepção sobre a paisagem é objeto antigo de reflexão.

A partir desse tema, a artista plástica Dayse Egg de Resende criou uma série de trabalhos que recupera e renova a paisagem a partir do olhar sobre o litoral da cidade de Vitória e seu entorno. A exposição Geografia Afetiva apresenta e confirma a presença da paisagem nas poéticas visuais contemporâneas, que de diferentes modos citam, exploram e retomam tradições.

A exposição Geografia Afetiva é uma série de 39 obras sendo,  17 trabalhos em exposição, que envolve o caminho percorrido pelo olhar da artista, seu espaço geográfico, e molda uma visão durável do mundo próximo - a orla da cidade. “A cor, a representação pictórica da topografia e os traços feitos pelo homem são adicionados. Afinal somos todos etéreos passageiros desta maravilhosa paisagem. Vitória é um arquipélago que navega entre os espaços”, conclui Dayse.

 Sobre a artista

Natural de Barbacena, Minas Gerais. Advogada e artista plástica. Dayse sempre gostou de desenhar e fotografar com sua mãe, Sandra Resende, também artista. Em contato com ateliês, galerias e obras de arte, dedica-se à pintura e ao desenho, sendo fascinada pela elaboração de suas próprias tintas e cores.

Mantendo em paralelo sua carreira como advogada e a paixão pela pintura, decidiu aposentar sua atuação na advocacia e se dedicar inteiramente às artes. Cursou Artes Plásticas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), especializou-se através de festivais, cursos e oficinas, e montou um escritório de arte.

Além de atuar como artista plástica, Dayse fomenta a valorização cultural como empresária e proprietária do Escritório de Arte Dayse Resende, um espaço especializado na área de comércio e consultoria, além do agenciamento de artistas.


Exposição Geografia Afetiva

Local: Escritório de Arte Dayse Resende
Av. Ranulpho Barbosa dos Santos, 587, sala 101, Jardim Camburi, Vitória - ES

Visitação: de 19 de setembro a 10 de outubro
Segunda à sexta das 11h às 18h
Sábados das 09h às 12h

Entrada gratuita

Informações:
(27) 999.622.130
escritoriodearte.dayseresende@gmail.com
contatodayseresende@gmail.com










































Ilustre presença da Acadêmica Renata Bomfim.























Outros links sobre a exposição.
No blog de Norma Marques cerimonialista e assessoria - 
No Jornal EShoje: http://www.eshoje.jor.br/_conteudo/2014/09/entretenimento/arte_e_cultura/22056-exposicao-desperta-o-olhar-para-as-paisagens-da-capital.html
Pintura Mural de Sandra Resende para o Santuário Nossa Senhora da Penha, Vila velha, Espirito Santo, Brasil.
Amor pela pintura e a intensa relação de Sandra Resende com a Arte Sacra

Uma criança que se aventura pela Igreja, percorrendo os olhos em cada pintura ali exposta. Obras de arte com seus relevos, formas e cores. Um outro mundo proposto, despertando a imaginação e o olhar. Como se fosse a descobridora das artes, a menina se perdia durante as missas que frequentava na Matriz Nossa Senhora da Piedade, na cidade de Barbacena, Minas Gerais.

 Com quadros de grande proporção, lustres encantadores e imagens, a Matriz fisgava os olhos da garotinha, que ainda não entendia bem o que era uma pintura, segundo conta a própria protagonista, hoje artista plástica, Sandra Resende Fortes:


“Sempre tive uma relação com a religião. Mas na minha visita à Igreja, o que me chamava a atenção eram mais os quadros do que a própria missa. Eu ficava impressionada com a beleza dos Afrescos, das tela de padres que eram retratados em tela, olhava os detalhes dos panejamentos da roupas das imagens. Eram maravilhosos!”
Afresco do Santuário Nossa Senhora da Piedade

A Matriz Nossa Senhora da Piedade, uma típica igreja barroco de minas Gerais não era a única tela viva de Sandra. Todas as igrejas que visitava, atraiam seu olhar. Esse contato despertou a menina de meros 12 anos de idade para uma intensa relação com a pintura, que perdura ininterruptamente até os dias atuais.
Igreja Matriz Nossa Senhora da Piedade que completou 270 anos do início da construção, em 15 de setembro de 2013.

Despertar

Encantada, Sandra passou a fazer cursos e oficinas, em busca de aprimorar seus conhecimentos sobre arte. Praticava horas a fio o desenho de objetos e paisagens. Para reforçar a técnica, pintava santos e anjos de barrocos de gesso e madeira, imagens barrocas que chamavam sua atenção nas cidades mineiras na década de 70 e 80. Contudo, sua relação mais intensa com a arte religiosa contemporânea e sacra teve início somente quando a artista já residia em Vitória, no Espirito Santo.

Em meados dos anos 90, Sandra Resende passou a trabalhar suas pinturas para encontros e eventos religiosos. Anjos e Panôs para o terço do Convento da Penha durante a festa da Padroeira do estado; Nossa Senhora da Penha pintada em tecidos para bandeira; estamparia do rosto de Cristo autoral. Foram inúmeros trabalhos realizados pela artista para as Igrejas da Grande Vitória.

Sandra era procurada pelas comunidade pelo fato de, além de pintora, ter uma forte relação com a fé. Estas duas características da artista - pintura e religião -, aos poucos a levaram a ser reconhecida no âmbito da arte sacra. Um reconhecimento que culminou no encontro de trabalhos ainda maiores, técnica e simbolicamente.

Além de realizar trabalhos de arte sacra e exposições individuais ou coletivas, Sandra Resende também coordenava seu atelier, no bairro Jardim Camburi, em Vitória, ministrando aulas sobre pintura. Vizinhos estavam acostumados à movimentação rotineira na casa da artista, com suas oficinas e alunos.

 Foi assim que, uma arquiteta, também vizinha de Sandra, conheceu o seu trabalho. “Ela passava e me via pintando, viu o trabalho que também desenvolvi para a Paróquia Sagrada Família do bairro: um cálice e o rosto de cristo em um painel em tecido. Então a arquiteta achou que eu daria conta de fazer a leitura conceitual e formal para o projeto iconográficos de algumas Igrejas e santuários que ela tinha posto em seus projetos ”


A leitura conceitual a que Sandra se refere é a pintura do painel e da capela da Igreja Coqueiral de Aracruz a Paróquia Imaculada Conceição, no município de Aracruz, norte do estado. Convidada pela arquiteta Katia Pezzin, a artista foi responsável pelo projeto iconográfico da igreja assim como, representar a comunidade daquela região em sua pintura. Foi a primeira Igreja pintada integralmente por Sandra. O tema do presbitério foram os doze apóstolos, tendo a imagem de Cristo no centro. Para a capela, a artista trabalhou os dois anjos em uma posição que vai de encontro ao santíssimo com veste e o turíbulo com temática indígena.

 A Igreja e a comunidade

 O convite foi o precursor de uma outra intensa relação de Sandra Resende, agora com a pintura de arte sacra. Sandra passou a fazer cursos especializados, procurando obter maior conhecimento sobre os conceitos teológicos, técnicos e regras. A artista observa que todo o processo de produção de uma obra de arte sacra requer uma pesquisa aprofundada, que envolve toda a comunidade daquela Igreja ou Paróquia.

“Tudo vai de acordo com a comunidade e com as normas da CNBB. Você não pode inventar nada, porque tudo é litúrgico e simbólico” 

Comunidade de Coqueiral de Aracruz, Aracruz, ES.

 Antes de executar uma obra, Sandra Resende pesquisa as características do bairro e de sua comunidade, que são posteriormente inseridas na pintura. Para a Igreja Coqueiral de Aracruz, a artista fez referência aos índios na obra. “O bairro Coqueiral de Aracruz está inserido em uma comunidade indígena. Trabalhei a roupa dos apóstolos e a roupa do anjo dentro desse tema. Trabalhei bem a cores terrosas na capela, que faz uma ligação: terra, santíssimo, humano”, explica.



 Equilibrada no uso de cores para os trabalhos de arte sacra, Sandra comenta que prefere executar paineis tranquilos, com uma paleta nos tons de ocre, amarelo e azul - estes, representam o rio da vida, da água. A artista inicia sua pesquisa com uma visita à região, buscando características como localização, história, moradores, economia local, cultura. Sandra comenta que é preciso sentir a comunidade para captar sua essência, sua mensagem. “Isso eu acho real: você chegar para pintar um painel onde a comunidade está expressa junto”.

Recordando aquela menina que nunca prestava atenção na missa, direcionando o olhar para as telas da Igreja, a artista utiliza o mesmo argumento para a serenidade de sua pintura religiosa: “Eu acho que o painel tem que estar presente, mas ele também não pode tirar atenção do objetivo pelo qual a pessoa está ali dentro, que é para assistir a missa, rezar”.
painel em Azulejaria da Fachada do Santuário Nossa Senhora de Fátima, Serra, Espirito Santo.

Sandra, no entanto, exerce dois papeis simultâneos quando presente em uma Igreja. Uma artista plástica que é cristã, e outra de artista plástica que pões seus conhecimentos e aptidões serviço da arte sacra no presbitério ou capela que executa; uma cristã que é artista, onde dedica seu trabalho aos mistérios e encantos da pintura sacra. Como uma ponte, que depende dos dois caminhos para manter o equilíbrio sobre as águas da vida.

Pintura e religião. Dois amores despertados ainda na infância de Sandra Resende que atuam juntas, levando a arte para mais de 30 Igrejas, distribuídas no estado do Espírito Santo. Hoje, são outras crianças que descobrem os encantos da pintura entre as obras religiosas. Sandra, no entanto, continua a descobrir a si mesma quando utiliza a sua ponte como inspiração.


Texto Dayse Resende e Ana Luiza Calmon.

Alguns trabalhos
Conheça o trabalho da artista
http://www.dayseresende.com/p/sandra-resende.html
Arte Sacra

http://artesacra-eadr.blogspot.com.br
Um grande Integração artística, Moda, design e arquitetura atuantes na comunicação visual

Placas indicadoras de locais, ambientes, direções. Iluminadas e sob tonalidades específicas, orientam o passageiro, o paciente ou cidadão. Acessibilidade é o verbo que define a função da sinalização arquitetônica. Projeto de comunicação visual, informa pessoas no entorno e dentro dos empreendimentos, residenciais ou comerciais.

 A sinalização arquitetônica é utilizada para direcionar o cidadão ao lugar de destino, agilizando seu deslocamento. “As placas servem para que o visitante de um determinado edifício possa se dirigir ao local desejado de forma mais rápida e eficaz, sem o auxílio de terceiros, tanto em ambientes internos quanto externos”, explica a designer Lia Britto, atuante na área de sinalização de ambientes.

 Esta atuação, inclusive, teve início ainda no período de graduação. Foi na busca por um estágio no seu curso que Lia entrou em contato com a comunicação visual. Então aluna do 5º semestre de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Fortaleza (CE), tornou-se estagiária do escritório MLMS Imagem + Arquitetura, em 2012.

Desenvolvendo trabalhos de sinalização de ambientes, junto aos arquitetos Márcia Sampaio e Marcus Lima, Lia pôde desenvolver projetos de pequeno a grande porte, além de aprimorar seus conhecimentos na área. Com apenas três meses de estágio, assumiu o desenvolvimento do projeto de sinalização de um grande evento do estado do Ceará: a Casa Cor, edição 2012.

O projeto teve grande repercussão na mídia e também no escritório onde Lia estagiava. A estudante foi promovida a Coordenadora de Produção. “Trabalhei no escritório por mais um ano com projetos de grande porte, para construtoras, hospitais, escolas, shoppings centers e outros”, conta.

Personalização

Um projeto de sinalização arquitetônica, ou de ambientes, requer um conjunto de elementos visuais e personalizados. Cada um depende das necessidades ou atribuições particulares do empreendimento. Composto por um conjunto de placas, estas são nomeadas e posicionadas conforme o estudo realizado, indicando as direções, localizações e atividades exercidas nos ambientes. Assim como transmitindo informações de segurança, advertência e comportamento.

A marca e as características visuais daquela empresa ou empreendimento vão definir a estrutura e o formato de cada placa. “Elas são personalizadas com cores, fontes e formas retiradas da logo e adaptadas para cada placa. Inserindo esses elementos, o observador associa imediatamente o edifício com a marca do empreendimento e suas funções organizacionais. Leva-se também em consideração as características físicas do próprio edifício construído, bem como seus materiais, formas e cores e até mesmo a sua localização geográfica”, complementa Lia Britto.

Um hospital, um supermercado, uma loja vestuário. Em cada tipo de ambiente comercial, ali está um meio de sinalização, direcionamento para o visitante, com painéis informativos, placas de pavimentos. O projeto, no entanto, diferencia-se quando se trata de um espaço residencial. Neste caso, são elaboradas placas que auxiliam os moradores e transeuntes a se orientarem quanto à localização das áreas comuns, numeração de apartamentos e vagas de estacionamento, bem como as saídas de emergência.

A diferença principal, contudo, está na quantidade de pessoas que transitam em cada tipo de ambiente. Para um local residencial, o número é restrito e fixo, considerando que ali se encontram moradores que circulam constantemente pelas dependências do edifício. “A repetição visual faz com que as placas e as direções sejam memorizadas e internalizadas com a rotina dos fluxos. Neste caso, existem alguns trajetos padrão que já estão inseridos no senso comum, como o percurso da portaria até o elevador do prédio”, associa a designer.

Paralelamente, um ambiente corporativo, comercial, recebe diariamente um fluxo inconstante de pessoas. Tal movimentação solicita placas para orientar esta quantidade maior de visitantes. Sejam novos ou rotineiros, a memorização dos locais, das placas, não ocorre de maneira fácil ou padrão. O percurso não está na rotina de todos.

Confluência

Intrínseca à comunicação visual de um ambiente, a sinalização arquitetônica contribui para a rotina das pessoas, otimizando seu tempo e seu deslocamento, além de evitar constrangimentos, uso inadequado dos espaços e, inclusive, situações de risco.

Para Lia Britto, ter acesso à direção do destino desejado é deter esse conhecimento, ter liberdade de circulação. Por isso, é necessário “inserir um raciocínio lógico ao projeto, para que os indivíduos compreendam os significados atribuídos a ele e interpretem de forma correta a simbologia inserida nas placas”.
"Docinho" Marca criada pela Design 

Lia cursou Design de Moda na Faculdade Católica do Ceará (FCC). E foi na pretensão de unir as normas técnicas da arquitetura com a liberdade de criação da moda, que descobriu o design gráfico. Pós-graduada nessa especialidade pela Universidade de Fortaleza, a designer de moda, designer de interiores  e agora designer gráfica abriu em 2013 sua própria empresa de comunicação visual: Escritório Lia Britto, Sinalização Corporativa.

Moda, arquitetura e design. Uma confluência de áreas que, segundo Lia, está repleta de possibilidades enriquecedoras. Conhecimentos que se complementam, que formam um projeto atento às necessidades do cliente e do mercado.
“Nos meus projetos de sinalização são adotadas normas técnicas de acessibilidade, presentes na arquitetura, juntamente com o design gráfico aplicado aos layouts das placas, com base nas pesquisas de tendências de cores, formas e materiais estudados no design de moda”.
O Escritório Lia Britto oferece serviços especializados de design gráfico, com um processo criativo que envolve uma imersão direta no universo do cliente, propiciando o desenvolvimento de um trabalho que atenda o perfil desejado. São projetos de sinalização arquitetônica, que oferecem, sobretudo, acessibilidade.

http://liabritto.wix.com/liabritto#!contato/cc5r