Diretamente de Milão para Vitória a palestra  “Color Trend Habitat”.

 Segundo o italiano Albert Galbiati, o projeto “Color Trend” uma proposta que permite a criação de diálogos visuais, através de cor e acabamentos, entre superfícies em materiais distintos, da madeira aos vidros, dos aglomerados aos laminados, capaz de definir e caracterizar novas paisagens domésticas.

Pra nós artistas, designs que amamos a cor e temos como um grande coringa nos trabalhos acreditamos que color trend habitat, seja mais uma ferramenta de liberdade e inovação para o criativo em geral (design, artista plástico, arquiteto ou design de interiores). E ainda, uma poderosa ferramenta que podemos aliar a personalização do produto e conceitos fundamentais, que envolvem a engenharia, a arte, a cor, a marcenaria e a capacidade produtiva.

Galbiati representa a força da IVE no mercado internacional.No Espírito Santo, a IVE é representada pela empresa Elizeu Tintas. Fornecedora exclusiva, a loja localizada no município de Vila Velha oferece ao cliente uma gama de mais de 7.000 cores. Proprietário, o empresário e apaixonado por tintas Elizeu de Oliveira Santos, trabalha não apenas com a venda do produto, mas também com o conhecimento e a propriedade da cor, levando informação para profissionais do segmento local.

Segundo Suzamara Soares, Design de Interiores, o  público-alvo  deste lançamento será arquitetos e decoradores, a palestra também abordará temas como color design e colorometria, além das técnicas de uso da cor no design e no mobiliário.

De Milão para Vitória

Visando enriquecer este conteúdo, a Elizeu Tintas, em parceria com a Jacarandá Home Design, traz ao Espírito Santo nesta semana uma palestra com Alberto Galbiati. O italiano apresentará a IVE Color Trend Habitat 2015 - Vitória será a primeira capital brasileira deste circuito de lançamento.
Tendo como público-alvo arquitetos e decoradores, a palestra também abordará temas como color design e colorometria, além das técnicas de uso da cor no design e no mobiliário.

A artista plástica e empresária Dayse Egg Resende conversou com Alberto Galbiati sobre a palestra, as tendências do mercado global e os conceitos de design e cor. O conteúdo, você confere com exclusividade a seguir.

Dayse: Qual o diferencial da marca IVE no mercado internacional?
Alberto (IVE): Alta qualidade e flexibilidade produtiva. Estamos antenados com a tendência mundial em termo de cores e tendências de acabamento para o mercado moveleiro. A IVE defende, planta a ideia, de que a cor no móvel pode ser um elemento fundamental. É um pilar da nossa empresa que trabalhamos desde 2014.

Dayse: Temos agora tinta com texturas e aparências diferentes (fosco, brilhante, acetinado, autobrilho). Como você compreende esta nova fase do mercado de tintas para acabamentos?
Alberto (IVE): É uma tendência do mercado de alto padrão, que é planejar, desenvolver o projeto e personalizar. Isso de acordo com o cliente, mas principalmente de forma criativa e atemporal.

Dayse: A cada lançamento de cores, como o Brasil absorve essas tendências anunciadas em Milão?
Alberto (IVE): Há 15 anos atrás, a recepção era muito diferente da atual. Não era assimilado tão rapidamente. Hoje, há um sincronismo maior, e o que se propõe em Milão é absorvido por vários países, inclusive o Brasil. Mas cada um com suas especificidades: cada país tem uma cartela de cor dentro das tendências que utilizará mais.

Dayse: Existe uma preferência entre as cores no Brasil para os demais países?
Alberto (IVE): Apesar do Brasil seguir uma tendência mundial, em termos de venda, as indústrias e os profissionais tendem a escolher cores tons de bege, cinza e fendi ou tons off-white. Nós percebemos que essa é uma preferência brasileira.

Dayse: Quais são as tendências de cor para esse ano?
Alberto (IVE): Em 2015, a relação com as cores tem como base o contexto sócio-cultural. O mundo vive um momento de dificuldade financeira, por isso os tons, as tendências desse ano são de cores mais calmas - tons apagados. Essa macroeconomia mundial faz com que o gosto se afaste de algo vibrante/alucinante, e migra para algo mais seguro.

Dayse: Sobre a palestra que você realizará nessa semana, qual a importância do profissional de arquitetura e decoração participar e realizar um evento desse nível em Vitória?
Alberto (IVE): É importante ter e oferecer uma relação direta com os profissionais, pois eles poderão compreender melhor o comportamento da cor. Isso propicia um maior conhecimento e poder maior de inovação e criatividade nos projetos. Além disso, o profissional pode conhecer o que tem novo no mundo, de forma rápida e direta.

Dayse: Qual é o design do futuro para você, enquanto Alberto Galbiati?
Alberto (IVE): O design do futuro é atemporal, criativo e inovador.

Lançamento da IVE Color Trend Habitat 2015 - Edição Vitória
Palestra com Alberto Galbiati - Diretor de Vendas da IVE
10 de junho, às 08h30 e 19h
Local: Jacarandá Home Design
Av. Cesar Hilal, 1405 - Praia do Suá, Vitória

Exclusivo para convidados

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Para saber mais:

Referência mundial para o design e decoração de móveis, Itália é o país reduto de tendências e conceitos. Uma de suas províncias, Brianza, por exemplo, carrega o papel de área nobre do setor.
Originária desta região em 1941, pelas mãos do empreendedor Fermo Galbiati, a fabricante IVE atua há 70 anos na indústria moveleira. A marca é integrante do grupo Lechler desde 2013. Em sua atuação como empresa especialista na fabricação de tintas, atua na produção de qualidade e venda personalizada.

Presente no país desde 2003, a IVE do Brasil possui sede industrial no Rio Grande do Sul e filiais em Santa Catarina, Minas Gerais e São Paulo.

Primeira edição da ArtBh busca valorizar Minas Gerais no polo artístico internacional


Armando Queiroz da Galeria Orlando Lemos
A arte mineira estará mais próxima do público e do mercado de arte a partir desse sábado. Belo Horizonte terá a sua primeira edição da ArtBh, feira de arte moderna e contemporânea que ocorrerá no Minascentro dos dias 23 a 26 de maio.

Primeiro evento do setor na cidade, a ArtBh é promovida pela Stand Marketing Cultural, e tem o objetivo de inserir Minas Gerais no circuito comercial e artístico nacional e internacional.
Pensada para galeristas, artistas, colecionadores, gestores e curadores de espaços culturais, além do cidadão comum, a feira apresentará ao visitante 15 galerias e mais de 300 artistas brasileiros. Ela será uma oportunidade para estabelecer diálogos e relações com a arte moderna e contemporânea, aproximando, principalmente, vendedores e compradores.

Diálogos com o artista

Na proposta da ARTBH, galerias aproximarão o visitante de seus artistas representados. Com o Projeto Solo, cada expositor vai destacar, em espaço individual e especial, um artista com o qual trabalha suas obras.

Entre os participantes, destaque para a Quadrum, com os trabalhos da Amélia Toledo; Galeria Orlando Lemos, com o artista Armando Queiroz; para a Galeria Celma Alvim, destacando as criações de Marcos Coelho Benjamim.

Em paralelo, a galeria de arte Celma Albuquerque introduzirá um artista representado por dia no espaço do Projeto Solo. Fundada em 1988 pela colecionadora homônima, é comandada há 16 anos por seus filhos, Flávia e Lúcio Albuquerque. A galeria possui reconhecimento internacional através de suas exposições e artistas apresentados, trabalhando de forma exclusiva com arte contemporânea em um amplo espaço localizado na capital mineira.

Destaque mundial

 Damien Hirst da Galeria Dotart
Além da beleza do próprio nome, Belo Horizonte já é conhecida por sua diversificada produção artística. Enriquecê-la e destacá-la como polo cultural nacional e internacional é um objetivo da ArtBh – apresentar ao mundo novos criadores além desse horizonte. 

Ao visitar a feira, profissionais poderão se aproximar das galerias em exposição e dos artistas representados, resultando em um maior alcance e expansão do mercado de arte mineiro. Entre os expositores, está a Quadrum Galeria. Atuante no mercado nacional há 18 anos, possui trabalhos de 31 artistas e de 45 em acervo. 



Gabriela Albergaria da Galeria Quadrum 
Proprietários da Quadrum, Goodson Caldas e Adelso Macedo enxergam esta primeira edição como mais uma ação positiva para a valorização do cenário local. “Nosso estado está se empenhando em criar museus e centros culturais. Portanto, a feira será mais um grande passo no sentido cultural”, afirmam.

No estande da Quadrum, serão exibidas obras de Anna Bella Geiger, Amélia Toledo, Amilcar de Castro, Gustavo Lacerda, além da portuguesa Gabriela Albergaria, cujos trabalhos estão em exposição na galeria até o dia 12 de junho.

Expansão

A ArtBh poderá agregar e expandir o público do mercado de arte. Segundo a empresa organizadora, a expectativa é alcançar um número de cinco mil pessoas. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Galerias de Arte Contemporânea, Belo Horizonte possui uma fatia de 6% do mercado consumidor brasileiro - contra 60% de São Paulo e 17% no Rio de Janeiro (dados de 2011).

Se a expectativa for alcançada ou superada, a porcentagem de participação e influência da capital mineira poderá influenciar positivamente no mercado de arte local e global. Assim esperam os galeristas expostos, os artistas representados e o público apreciador de arte.

Galerias Participantes
Beatriz Abi Ackel
Dotart Galeria
Celma Alvim
Celma Albuquerque
Colecionador (RJ)
Gabinete de Arte k2o (DF)
Hilda Araújo (SP)
Lemos de Sá
Manoel Macedo
Murilo de Castro
Orlando Lemos
Proarte (SP)
Quadrum
Sérgio Gonçalves (RJ)
Toulouse (RJ)

ArtBh
23 a 26 de maio
Minascentro 
Av. Augusto de Lima, 785 – Centro, Belo Horizonte 
Informações: (31) 3593-8006
Sábado, segunda e terça-feira, das 14 às 22 horas
Domingo, das 13 às 20 horas
Entrada franca



SONS NOTURNOS

Estala, canta a folha da palmeira,
Embalsamando os ares de harmonia,
Depois definido, tímida e macia,
Nesse drama da noite feiticeira.

Sorri, soluça e geme a capoeira...
E o vento, ouvindo a triste melodia,
Vai rindo, loucamente, de ironia
Nos ramos denegridos da mangueira.

Enfim, tudo emudece, de repente
Tristíssimo silêncio a noite abraça
Como pausa de etérea serenata...

É da coruja fúnebre somente
O gargalhar estrídulo perpassa
O taciturno âmago da mata.

Sons noturnos é um poema que revela o caráter multifacetado da obra do artista colatinense Dionísio Del Santo (1925-1999). Ao soneto decassílabo impecável se juntam obras que transitam entre a pintura, a serigrafia, o desenho, a gravação e a serigrafia. Artista premiado, Dionisio Del Santo está entre os nomes de destaque do movimento Modernista brasileiro Filho de lavradores italianos, foi na biblioteca do Seminário Seráfico de São Francisco de Assis, em Santa Teresa, que o jovem aspirante a padre descobriu o amor pela arte. Interessou-se por Botticelli, Portinari, Van Gogh e reproduzia em papel quadriculado, ícones da pintura clássica e moderna. Estudou geometria, perspectiva e realizou variados projetos arquitetônicos. Convocado pelo serviço militar, mudou-se para Vila velha, e prestando serviços como cabo no Batalhão de Caçadores. Posteriormente, lecionou latim, língua portuguesa e matemática numa escola do Rio de Janeiro. Desempenhou variadas atividades no campo da arte, entre elas foi professor de Gravura no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. 

Dionisio Del Santo desenvolveu uma série de obras, em mais de 50 anos de trabalho,  dentre elas variadas xilogravuras, especialmente de 1953 a 1959. A critica descreveu este trabalho como sendo uma "faceta expressionista" dessa linguagem. O poeta desenvolveu uma intimidade com a linha, elemento básico do desenho, e com ela construiu uma obra elaborada e harmônica.
 Observamos grupos de linhas paralelas produzindo efeito de vibração. Foi na década de 70, e inspirado na serigrafia, que Del Santo desenvolveu essas obras "de conotação cinética", ou seja, que se modificam na medida em que o observador se desloca.
Del Santo explorou com profundidade o universo da serigrafia. Ele utilizou elementos que apreciava (as linhas, as cores, a estrutura geométrica), compondo-os com signos que revelam diferentes fases de produção. As serigrafias foram desenvolvidas, especialmente, entre os anos de 1966 e 1997.

Entre 1992 e 1998 o artista produziu um conjunto de obras que denominou "fragmentos ritmicos". Mais uma  ação com propósito de renovação da sua linguagem individual. Del Santo declarou: "considero que a preseverente elaboração da obra constitui-se na meta fundamental  que o designio celeste me determinou na vida". Se tenho cumprido a contento essa meta, cabe aos apreciadores perceber intuitivamente ou julgar segundo os seus conhecimentos".
O crítico Carlos Chenier declarou que Del Santo "foi sempre um asceta. Mudou somente quando sentiu necessidade estética para adquirir sua própria dicção e vocabulário plástico".
 O artista possui vários prêmios, entre eles o "Prêmio Itamarati de aquisição", 1967; "Salão Nacional de Arte Moderna. Prêmio isenção do juri", 1968; "V Salão de Arte de Belo Horizonte. Prêmio de aquisição", 1973.
 Del Santo produziu um caderno de poesia intitulado "Flores murchas", com cerca de cem sonetos. nele há títulos como Inspiração, na floresta, Colatina, Amor, Serenata, Veneração, entre outros.
Renata Bomfim
Artista plástica e poeta 
Catálogo do Museu de Artes do ES/ MAES