O prazo de inscrições para o Prêmio Literário Ferreira Gullar foi prorrogado. Até 30 de junho, estudantes dos ensinos fundamental e médio das redes pública e privada de ensino podem inscrever jogos eletrônicos ou aplicativos que incentivem a leitura e, sobretudo, o conhecimento da obra do poeta maranhense. A iniciativa do Ministério da Cultura (MinC) - por meio do Departamento de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB) - distribuirá R$ 30 mil em prêmios.

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Ferreira Gullar
Lambe-Lambe 75

A artista visual Dayse Resende propõe a intervenção urbana Lambe-lambe 75 na IV Feira Literária Capixaba, campus da UFES.

A intervenção Lambe Lambe 75 tem como intenção espalhar cartazes de capas de livros e retratos de autores capixabas (garimpados ou não em sebos e livrarias). Trata-se de uma homenagem a  literatura produzida no Espírito Santo e que ocorrerá em formato pop up durante a IV Feira Literária Capixaba. A artista visual Dayse Resende será a autora e produtora do evento em que une sua linguagem artística ao universo da escrita.

De acordo com o perfil da Feira Literária Capixaba que conta, este ano, com espaços de diálogo entre escritores, professores e alunos. A intervenção Lambe-Lambe 75 tem como objetivo articular a comunicação e a visibilidade entre os autores capixabas e os desdobramentos de suas pesquisas e práticas em arte produzidas no Espírito Santo.

O título do trabalho de autoria da artista Dayse Resende, se deve a previsão, de que durante a 4ª Feira Literária Capixaba, serão lançados 75 livros de autores capixabas. O local de realização da ação encontra-se próximo ao CCE-UFES com 75 cartazes de imagens variando entre retratos de autores e capas de livros que desdobram em mais outras 75 narrativas diferentes e abertas ao olhar atento do público.

O visitante que passear pela FLIC-ES vai encontrar cartazes de cada um desses livros colados no espaço. O desejo é apresentar livros e autores capixabas fazendo sua imagem circular dentro dos limites de nosso território, onde muitos desses autores ainda são desconhecidos ou desvalorizados. Além disso, será possível que o visitante também interfira no espaço, uma vez que a possibilidade de fazer a colagem de algum cartaz no tapume estará aberta.

O grande mural, pensando exatamente para o período da IV Feira Literária Capixaba, foi pensado como um site specific, vertente da arte coerente ao nosso tempo de mudanças aceleradas. Serão 75 livros colados no espaço, de 75 autores, promovendo 75 títulos que narram 75 histórias, através de 75 cartazes. O desejo é apresentar  livros e autores capixabas. Onde o material fornecido por cada autor poderá sim ou não sofrer a intervenção pelo participante.

Surgimento e panorama atual dos lambes nas cidades

O cartaz lambe-lambe que se espalha por ruas de cidades do Brasil e de vários outros países é mais uma bandeira de comunicabilidade urbana, assim como o graffiti, e que foi apropriado para outros setores e discursos como a publicidade e a política. Uma maneira simples de  atribuir valor a um pôster fazendo com que este  transmita uma informação por meio da arte.

As mensagens repassadas através dos lambes são, de modo geral, ambientadas em espaços públicos. Sua utilização é antiga, tendo seus primeiros registros nas ruas da França, na época do renascimento. Décadas mais tarde, um dos artistas impressionistas de mais sucesso, Toulouse Lautrec, utilizou a técnica do lambe para espalhar cartazes pelas ruas do famoso bairro de Montmartre anunciando as festas do Moulin Rouge, nos quais estampava as suas modelos preferidas, as dançarinas de can can da época.

Alcance da prática dos lambes

O lambe-lambe é uma arte economicamente acessível. Sua produção e aplicação tem baixo custo e pode ser expressa sem demandar muitas horas de trabalho e recurso financeiro.

Público alvo

A atividade atinge todas as idades, menores de 12 anos deverão executar a ação acompanhados de responsáveis.

Local a ser realizada a intervenção

Na ufes – O espaço escolhido será o tapume de construção em frente o CCE, e a secretaria de cultura da UFES, parceira do projeto.

Onde pode e não pode colar

Vale colar em espaços públicos, como postes, tapumes ou paredes de locais abandonados e muito degradados. Em espaços privados, como muros, janelas, portões, é estritamente necessário pedir a autorização do responsável ou dono. Se a pessoa não aceitar, é preciso respeitar sua decisão.

Em vitória, Espirito Santo, é preciso de autorização da PMV.

Apoiadores do projeto






Perfil artista

Dayse Egg de Resende é artista visual, galerista e editora de livros, usa o suporte da escrita como via para muitos de seus trabalhos. Diretora e proprietária no Escritório de Arte Dayse Resende, integra também o Coletivo Engenho de Dentro,  onde atua propondo curadorias, consultorias e auxilia na articulação do universo artístico capixaba.

No conjunto de suas publicações estão os livros Engenho de Dentro: Gilbert Chaudanne, a organização de Janela da Saudade, coletânea de textos acerca da obra de Joana D´arc Fortes. Ambos integram a série O Artista e seu Duplo. Dayse reside em Vitória, Espírito Santo. Representa artistas, trabalha à favor da valorização cultural, do comércio, circulação e consultoria em artes.

Fotos do Antes e depois

Antes e Depois.




Exausta e feliz! Começou ontem a IV Feira Literária Capixaba, este ano realizada na UFES.

Fruto de parcerias de sucesso, apoio de amigos zeladores da cultura e do saber e com muitas restrições, devido ao momentos em que vivemos, sua realização e continuidade se deve à perseverança e determinação de duas grandes mulheres, Ester Abreu de Oliveira e Regina Loureiro Menezes.

Logo cedo, crianças enchem o espaço com suas curiosidades e ruídos, materializando-se a FLICES - Feira Literária Capixaba.

Uma pergunta aqui, outra acolá e logo percebemos o que na verdade sempre soubemos: todos desejam múltiplas possibilidades de diversão e arte, em toda parte, com acesso gratuito e de qualidade.

Com um linguagem educativa e prazerosa, os contadores de história logo acalmam os jovens visitantes, e atraem toda a atenção. Essa interação me faz refletir questões sobre a arte, a educação e a cultura, sobre a importância de eventos desse tipo, para muitos dos presentes.

Neste momento, agradeço em meus pensamentos, a cada pessoa que nos recebeu e, a seu modo, deu sua colaboração para andamento no projeto em 2017.

Do outro lado, um grupo vai se formando em torno da artista plástica Naif Joana Dárc fortes.

Ela logo começa a falar de sua produção, de seus trabalhos em exposição, da sua forma de pintar, dos livros que leu, das histórias que ouviu e vai, a cada instante, a cada turma, fazendo um resgate de sua memória cultural e afetiva, tornando - se, além de pintora, uma contadora de história.

Através de sua fala, o espectador vai conhecendo o mundo e o processo poético de uma pintora Naif, e, novamente, uma onda de alegria invade meus pensamentos, ao ouvir Joana falar de um mundo que lhe é tão importante e particular; ao ver e ouvir o valor dado pelo grupo; pelo seu olhar (trabalho); por entender aquilo que ela defende, com uma importância onírica. Isso nos dá a certeza que estamos no caminho certo.

Em mesas dispostas pelo espaço, os autores começam a colocar seus livros. Logo se estabelece um diálogo com o espectador, questões sobre o processo criativo, a construção do livro, até a venda, tudo vai propiciando a sensação de bem estar e a certeza de que, ao longo destes 5 dias intensos, teremos uma mostra da boa e qualificada produção literária e artística produzida no Espirito Santo.
Em dado momento, lembro a palestra que apresentarei a tarde, das modificações que gostaria de ter tido tempo pra executar, de todos desdobramentos que o mercado de arte local teve ao longo destes 20 anos.

Enfim, tudo pronto, todas as equipes integradas, mesa redonda e palestras de alto nível, pesquisas interessantes, atrações culturais, mais de 220 criativos do Espirito Santo, prontos para apresentar seu fazer, sua atividade cultural, seus valores a sociedade.

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