Galerias e ateliês abrem as portas ao público no mês de outubro e novembro de 2015 em uma ação conjunta para divulgar e dar visibilidades a produção cultural no Espírito Santo.


1º Circuito ArtES promove a interação maior entre arte e espectador, entre artistas, escritórios de Arte e galerias, estimula a visitação a galerias de arte e atelier, e possibilitar ao público a aquisição de obras de artistas renomados ou iniciantes durante o circuito.

O projeto pretende fortalecer as produções de artes plástica local e dar visibilidade nacional aos artistas participantes.

Durante um mês, a Grande Vitória irá respirar arte de todas as formas e conceitos. Começa no dia 15 de outubro com abertura oficial o 1º Circuito ArtES, uma série de eventos com foco na divulgação e promoção do cenário artístico capixaba. 

Idealizado por empreendedores artísticos e promovido em parceria com o SEBRAE ES, o circuito foi criado para unir empreendimentos e a cadeia produtiva das artes visuais no estado.

Aberto ao público em geral, o evento oferecerá uma interação maior com galerias, ateliês e espaços de arte, através de visitas, encontros com a arte, clube de colecionadores, vernissages, palestras, e lançamentos de obras literárias. As interlocuções entre arte, literatura, música e outras linguagens também terão espaço. Ao todo, são 30 empreendimentos criativos distribuídos na região metropolitana de Vitória, identificados como ateliês, espaço, galerias ou escritórios de artes. 

Todos esses espaços estarão de portas abertas, onde em cada um apresentará uma exposição e eventos paralelos, o visitante conhecerá o trabalho e as obras de arte de artistas convidados ou representados pelos espaços. 

Para facilitar o deslocamento pela cidades de Vitória, Vila Velha e Serra, o visitante ganhará um Mapa do Circuito Artes. Nesse mapa artístico  está o nossa participação com Escritório de Arte Dayse Resende e o Atelier Sandra Resende, aberto pela primeira vez ao publico, todos localizados no bairro Jardim Camburi.


O Escritório de Arte Dayse Resende
participa do Circuito Artes 2015
Comandado pela empresária e artista Dayse Egg de  Resende, o EADR durante o Circuito ArtES, estará aberto com uma programação intensa e diversificada com palestras,  de Pop up semanais.Confira a Programação Paralela do Escritório de Arte Dayse Resende em breve. Aqui.

“O circuito Artes e um projeto cultural que se apresenta como uma oportunidade de divulgação, comercialização, valorização da produção plástica capixaba. Pretende, ainda, desenvolver o interesse do público alvo possibilitando a formação de um registro histórico de valor, criando uma identidade favorável ao desenvolvimento cultural”, comenta a artista Sandra Resende.



Primeiro Circuito de ArtES da Grande Vitória acontece de 15 de outubro a 15 de Novembro de 2015, foi idealizado pelo grupo de artistas empreendedores e viabilizado pelo incentivo de empresas parceiras e contará com 20 Ateliês e Galerias de Arte, 4 espaços públicos e 72 artistas envolvidos.

Será o 1 circuito de ArtES Visuais do Espirito Santo - ArtES
Confira o site do evento: www.circuitoartes.com.br
Em breve maiores informações sobre todos os empreendimentos do Circuito.

Confira a programação do Escritório de Arte Dayse Resende durante o evento : AQUI





Hoje, na Artefacto de Curitiba, aconteceu a abertura da vitrine principal com os espaços das arq. Jocymara Nicolau e Andréa Posonski com obras do artistas Sergio Helle, artista representado pelo Escritório de arte Dayse Resende. 


Na parede um painel de 4 metros da série Aqua de artista. Já o ambiente foi idealizado com muito branco, turquesa e fibras para homenagear a estação do calor!






 Confira aqui alguns dos  trabalhos do Artista  disponíveis no Escritório de Arte Dayse Resende em Vitória, ES. Contato: escrioriodearte.dayseresende@gmail.com


material publicada em 14 de fevereiro de 2014.



O texto FORTALEZA E RESILIÊNCIA foi publicado originalmente no Caderno Pensar, do Jornal A Gazeta em 19 de setembro de 2015.
Exposição Nova Riqueza, no Memorial da Paz, Cruz do Papa, texto de Michaela Blanc​, 

FORTALEZA E RESILIÊNCIA

A resiliência ambiental determina a predisposição de um ecossistema recuperar seu equilíbrio após modificações promovidas por distúrbios geoclimatológicos ou de influência humana.

    por Michaela Blanc*

Em sua série intitulada Nova Riqueza, Sandra Resende apresenta ao espectador uma visão poética acerca do acordo, invisível, firmado entre a força humana e a força da natureza numa região de Garimpo.

A montagem desta exposição lança mão de um comparativo entre a série de pinturas da artista a uma Jazida Mineral, traduzindo o espaço, em um reservatório farto de sensibilidade e igualmente abundante em valor mercadológico para dar conta de sua investigação acerca dos assuntos da mineração. Aqui, cada tela se transforma em registro de um tempo dos percursos revisitados pela artista, sejam eles na praia e nas calçadas de Jardim Camburi, ou até mesmo os lugares escondidos dentro de sua própria memória afetiva. Pois ao propor esse conjunto, a artista produziu monumentos da recordação de um imaginário coletivo.

Conceitualmente, as telas exibidas neste espaço estão ligadas as questões acerca do ao universo da Pintura, do mercado da arte, da beleza gratuita cedida pela Natureza e a capacidade de restabelecimento destes sistemas, pois em todas estas instâncias há a capacidade de reinvenção. Não se trata apenas da corrente abstrata da Pintura, Sandra constrói, através do gesto, relações plásticas e conceituais com outras personagens da história da arte brasileira. Nomes da pintura contemporânea como Antonio Dias e José Bechara podem traçar um elo visual e conceitual com seu trabalho.

Por meio da mescla de materiais, usando óxidos, tintas e pigmentos, nos direciona para o campo das sensações onde somos envolvidos através da experiência do Olhar. Suscita uma liberdade do fazer pictórico e proporciona a fatura de um acidente poético, assim como a ocorrência imprevisível dos acidentes geológicos que resultam nas jazidas e depósitos minerais. De modo a revelar o acaso obtido as através de sua trajetória gestual, cada pintura da Nova Riqueza sustenta uma potência particular e seu desmembramento não infere na força do conjunto, sinal da legitimidade na autoria da artista.

Desconsiderando limites da arte, a expressão plástica se tornou atividade compulsória usando o trabalho mais como caminho do que finalidade. Valorizar as causas pelas quais acredita na força do trabalho artístico em detrimento das consequências acidentais que surgem ao finalizar cada tela.

As manchas particulares entrevistas no espaço pictórico são signos previamente conhecidos do processo orgânico de pesquisa da artista. A partir da variação tonal escolhida, nos trabalhos contidos em Nova Riqueza, Sandra interpela camadas como um garimpeiro que ao manusear a lama descobre nos níveis mais profundos das cavas o ouro depositado e procurado como o representante da Beleza natural. Por essa via, é possível constatar o lugar onde a artista quer se colocar e este seria o de uma operária a serviço da arte, como foram todos aqueles homens a serviço da Beleza, como ocorreu principalmente nas regiões de Paracatu-MG e Curionópolis-PA, onde se localiza Serra Pelada - maior garimpo a céu aberto do mundo, por exemplo. Trata-se de ter esperança. Esperança na Arte e esperança na Vida.

Entretanto, Nova Riqueza vem indagar o quanto a ação do homem interferiu naquele meio e apesar disso a própria natureza tem se encarregado de modificar a paisagem ressignificando-a. Preocupada com a condição de coexistência, entre nós e a paisagem, Sandra Resende delibera nesta mostra a síntese: Você já encontrou Beleza no seu trajeto hoje?

A artista exerce papel fundamental na comunicação lançada entre corpo, espaço e obra numa rede instituída através de um encantamento repentino sobre a natureza. Segundo ela afirma, “Para encontrar Beleza, basta Olhar. Porque a Beleza já está!” O espaço virtual das telas mistura vestígios e pulsações de uma movimentação contínua que nos transporta para um fluxo. Como um rio ou nuvem Nova Riqueza pergunta com firmeza para onde está correndo seu rio.  



*Michaela Blanc é historiadora de arte e curadora independente